Relatório de Difusão da IA 2025: Onde a IA é mais usada, desenvolvida e construída
Em menos de 3 anos, a IA já conquistou 1,2 bilhão de usuários — e o Brasil lidera na América Latina! Descubra como países como EUA, China e Singapura estão moldando o futuro da inteligência artificial e por que o idioma pode ser a nova barreira digital.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL


O relatório da Microsoft revela que o Brasil lidera na adoção de IA na América Latina, com destaque para o uso em empresas e desenvolvimento de soluções. Segundo o relatório, 41% das empresas brasileiras já utilizam IA em operações reais, superando países como México (35%) e Argentina (28%). A expectativa é que esse número ultrapasse 60% até 2027, impulsionado por soluções generativas e automação inteligente.
O artigo da Microsoft apresenta o Relatório de Difusão da IA, que analisa onde a inteligência artificial é mais utilizada, desenvolvida e construída globalmente. Segundo o relatório, a análise abrange não apenas a presença de tecnologias avançadas, mas também destaca as melhores práticas e inovações em diversos setores, discutindo como as empresas estão se adaptando a essa nova realidade e que impactos isso provoca em suas operações e em suas estratégias de mercado. Em menos de três anos, mais de 1,2 bilhão de pessoas já utilizaram ferramentas de IA, tornando-a a tecnologia de adoção mais rápida da história humana.
Destaques globais
Estados Unidos lideram como o país que mais constrói IA, com forte presença de empresas desenvolvedoras de modelos e infraestrutura. As universidades e centros de pesquisa desempenham um papel crucial nesse cenário, formando uma parceria sólida com indústrias para impulsionar a inovação e a criação de novas aplicações que estão mudando a maneira como a tecnologia é percebida e utilizada no dia a dia. Os EUA também concentram 43% da capacidade global de data centers, e lideram com o modelo GPT-5 da OpenAI, considerado o mais avançado em 2025.
China se destaca como o país que mais desenvolve IA, com grande número de pesquisadores e publicações científicas. O investimento do governo em pesquisa e nas startups de tecnologia tem acelerado ainda mais esse crescimento, permitindo que o país mantenha uma posição de liderança na corrida pela supremacia tecnológica, fato que preocupa outros países que buscam acompanhar esse ritmo inovador. A China está apenas seis meses atrás dos EUA em desempenho de modelos de IA, e junto com os EUA, hospeda 86% da capacidade computacional global.
Brasil é o país da América Latina com maior adoção de IA, especialmente em setores como varejo, finanças e saúde. A contínua evolução do ecossistema de tecnologia e um aumento significativo no número de startups têm contribuído para que o Brasil se posicione como um polo emergente de inovação na região, atraindo investimentos e parcerias que visam o desenvolvimento de soluções baseadas em IA. O país também apresenta crescimento acelerado em capacitação digital, com aumento de 120% em cursos e treinamentos entre 2022 e 2025.
Brasil em foco
O Brasil aparece como um dos países com maior número de empresas que usam IA em operações reais, superando outros países da região. Este uso crescente da tecnologia não se limita apenas a processos internos, mas também inclui a oferta de produtos e serviços que integram inteligência artificial, mostrando a capacidade das empresas brasileiras de adaptarem suas estratégias para a era digital. A adoção é mais rápida em setores como varejo e saúde, onde IA é usada para personalização de ofertas, triagem automatizada e análise preditiva.
Há crescimento acelerado na capacitação de profissionais em IA, com aumento de cursos, treinamentos e certificações. Instituições acadêmicas e corporativas têm investido amplamente na formação de novos talentos, preparando uma geração de especialistas que estão prontos para enfrentar os desafios e as oportunidades que a IA traz para o mercado de trabalho. A alfabetização digital básica já alcança mais de 70% da população conectada, segundo dados da UIT, e o número de profissionais com certificações em IA cresceu exponencialmente.
O país ainda enfrenta desafios em infraestrutura e investimento em pesquisa, mas mostra forte potencial de crescimento. Há um reconhecimento crescente da necessidade de fortalecer a base de ciência e tecnologia para garantir que o Brasil não apenas participe, mas também lidere em diversas frentes de inovação no cenário global. A ausência de data centers locais limita a velocidade de inferência dos modelos, mas parcerias internacionais têm ajudado a mitigar esse impacto.
Três dimensões da difusão de IA
O relatório classifica os países em três categorias: Estas dimensões são fundamentais para entender como a IA está se disseminando globalmente e quais países estão desempenhando papéis de liderança em cada uma delas, destacando a importância da colaboração entre governos, empresas e instituições acadêmicas para fomentar um desenvolvimento sustentável e inclusivo da tecnologia.
Construção de IA – onde estão as empresas que criam modelos e plataformas. A combinação de pesquisa acadêmica com o empreendedorismo é essencial para construir soluções inovadoras que atendam às demandas do mercado e ao mesmo tempo promovam avanços tecnológicos significativos que possam beneficiar a sociedade como um todo. Apenas sete países hospedam modelos de IA de nível frontier: EUA, China, Coreia do Sul, França, Reino Unido, Canadá e Israel.
Desenvolvimento de IA – onde há produção científica e formação de talentos. A intersecção entre a pesquisa e a aplicação prática da IA é crucial para garantir que as inovações se traduzam em soluções efetivas e escaláveis que possam ser implementadas em diversos setores da economia. A China lidera em publicações científicas, enquanto Índia e Reino Unido se destacam em formação de talentos e capacitação técnica.
Uso de IA – onde a tecnologia é aplicada em negócios e serviços. Este uso não apenas melhora a eficiência operacional, mas também transforma a experiência do cliente, criando novas oportunidades de interação e serviços personalizados que podem levar a um aumento significativo na satisfação e na fidelização do cliente. Países como Singapura (58,6%) e Emirados Árabes Unidos (59,4%) lideram em uso populacional, mostrando que infraestrutura e políticas públicas bem coordenadas aceleram a adoção.
Fonte de pesquisa: Microsoft
Foto: Própria
