Ovo de dinossauro intacto com 70 milhões de anos é encontrado na Patagônia

Um fóssil raríssimo apareceu na Patagônia argentina: um ovo de dinossauro carnívoro quase perfeito, conservado desde o fim do Cretáceo. O achado pode revelar segredos sobre embryologia dos terópodes e a origem das aves.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

11/3/20252 min ler

A descoberta surpreendente

Pesquisadores da expedição “Cretácica I” identificaram, em uma área da província de Río Negro, Patagônia argentina, um ovo fossilizado que data de cerca de 70 milhões de anos.
O momento ganhou repercussão porque o achado foi transmitido ao vivo via YouTube em 7 de outubro de 2025, algo incomum em paleontologia.
Segundo divulgação, o ovo pertence provavelmente a um dinossauro terópode — o grupo que inclui espécies como o Tyrannosaurus rex ou o Velociraptor — e está em estado de preservação “quase perfeito” ou “intacto”.

O que torna o achado tão especial

  • Encontrar ovos de dinossauros carnivoros é extremamente raro, pois as cascas desses ovos tendem a ser mais finas e menos resistentes à erosão ao longo dos milhões de anos.

  • A possibilidade de haver um embrião preservado dentro desse ovo abre portas para estudos microanatômicos de desenvolvimento de dinossauros — algo até agora observado em muito poucos casos.

  • Além da conservação, o fato de o local ser a Patagônia — região reconhecida como “berço” de fósseis do final do Cretáceo — acrescenta valor científico, pois permite entender como vivia a fauna nessa parte do antigo Gondwana.

Os métodos de análise e o que está por vir

Os pesquisadores planejam submeter o ovo a micro-tomografias de alta resolução, buscando mapear o interior sem danificar a estrutura. Caso confirmem a presença de embrião, poderão definir estágio de desenvolvimento, espécie provável e compreender a relação entre dinossauros e aves modernas. CNN Brasil
Além disso, análise da casca, textura e composição química pode revelar detalhes sobre clima, ambiente de nidificação e comportamento reprodutivo dos dinossauros dessa época.

Implicações para paleontologia e biologia evolutiva

Este achado pode alterar ou reforçar teorias importantes:

  • A transição entre dinossauros terópodes e aves modernas: ovos e embriões são peças fundamentais nessa história evolutiva.

  • Comportamento de nidificação: perceber se esses dinossauros cuidavam dos ovos, temperatura de incubação etc.

  • Paleogeografia: entender como era a vida no fim do Cretáceo na Patagônia e como grupos isolados evoluíram ali.

Os desafios e incógnitas

Embora o achado seja promissor, há cautela entre os cientistas:

  • Mesmo que a casca esteja preservada, não há garantia de que exista embrião ou que este esteja intacto. CNN Brasil

  • Datação precisa, associação exata ao grupo de dinossauro e ambiente original de nidificação ainda precisam de confirmação.

  • Interpretar fósseis desse tipo exige grande cuidado para não fazer generalizações precipitadas.

A descoberta de um ovo de dinossauro intacto de 70 milhões de anos na Patagônia representa um marco na paleontologia moderna. Mais do que curiosidade, é um portal para entender desenvolvimento, ecossistema, evolução e comportamento de animais que dominaram a Terra milhões de anos antes de nós.
Se ele contiver embrião, as revelações podem ser ainda maiores — para agora, ficamos com a imagem poderosa de um pequeno ovo que sobreviveu ao tempo como testemunho de um mundo perfeitamente diferente.

Fonte de pesquisa: Revista Oeste

Foto: Youtube/Veo Notícias/Reprocução

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