Apple declara guerra ao ChatGPT?
A Apple está testando um app interno de IA chamado Veritas, que funciona como um “ChatGPT secreto” para treinar a nova Siri. A ideia é deixar a assistente mais inteligente e natural, mas será que a Apple está prestes a desafiar o ChatGPT de vez?
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Apple cria app inspirado no ChatGPT para preparar nova Siri
A Apple está movimentando os bastidores da inteligência artificial com o desenvolvimento de um aplicativo interno que se assemelha ao ChatGPT, com o objetivo de testar e preparar a próxima geração da assistente virtual Siri. Batizado como Veritas , termo que significa “verdade” em latim, a ferramenta serve como uma espécie de laboratório privado para engenheiros da Apple explorarem novas funcionalidades antes de serem incorporadas ao sistema principal.
O que é o Veritas?
Segundo informações do jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, o Veritas opera como um chatbot completo: ele permite enviar comandos de texto, revisitar diálogos anteriores e realizar tarefas como editar fotos e buscar dados pessoais, indo muito além das capacidades atuais da Siri. Por trás dele está o projeto Linwood, um sistema de IA que combina modelos de linguagem desenvolvidos pela própria Apple com tecnologia de terceiros.
Por que a Apple está fazendo isso?
A Siri, presente em iPhones desde 2011, ficou para trás na corrida da IA conversacional. Enquanto concorrentes como Google Gemini e o próprio ChatGPT avançam rapidamente, a Apple aposta em uma abordagem conservadora: primeiro testar intensamente internamente para só depois lançar ao público. O Veritas permite que a empresa avalie o desempenho de novos recursos em ambiente controlado, sem comprometer a experiência do usuário final.
Quais são os planos para a nova Siri?
Quando chegar ao mercado possivelmente em março de 2026 a Siri será capaz de compreender conversas em contexto, executar ações dentro de aplicativos, acessar dados pessoais de modo seguro e responder com mais naturalidade. O objetivo é torná-la não apenas uma assistente de comandos por voz, mas uma parceira interativa e inteligente no ecossistema Apple.
O que isso significa para os usuários?
Se tudo der certo:
Você poderá pedir à Siri tarefas complexas como “Edite a última foto que tirei da festa com luz natural” ou “Encontre os e-mails do João que enviei no mês passado e marque-os como lidos” — e ela entenderá o contexto.
A experiência deverá ser mais fluida, com continuidade nas conversas — sem precisar repetir o que foi dito minutos antes.
Como a Apple valoriza privacidade, espera-se que parte da inteligência da Siri seja executada localmente no dispositivo — reduzindo dependência de servidores externos.
O que ainda precisa de atenção?
O Veritas não será lançado ao público, segundo relatos. É usado apenas internamente para testes.
As instituições financeiras e de segurança digital estão de olho: o acesso a dados pessoais exige rigor máximo em privacidade e proteção.
Como há atraso no cronograma, se a Apple não cumprir o prazo, poderá haver impacto na estratégia de IA da empresa.
Fonte de pesquisa: Bloomberg
Foto: Reprodução própria