A startup que está criando IA com cara, voz e mente de cada pessoa

A Uare.ai desenvolve “réplicas digitais” que aprendem com sua vida para agir em seu nome. A ideia? Que você seja dono da sua IA.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

11/13/20252 min ler

A visão por trás da Uare.ai

O fundador Robert LoCascio, após liderar a LivePerson por quase 30 anos, decidiu mudar o foco do chat online para algo mais pessoal. Em 2024 ele fundou o que viria a se tornar a Uare.ai — que busca construir um modelo de IA baseado em seus dados, voz e trajetória.
A startup criou o Human Life Model (HLM), que capta traços de personalidade, valores e memórias individuais para gerar uma IA personalizada. A mensagem é clara: “Você é o dono do seu modelo”.

Como funciona essa IA pessoal

  • A Uare.ai permite que o usuário treine seu modelo respondendo perguntas por texto, voz ou vídeo — construindo sua versão digital com base em sua própria vida.

  • O sistema é projetado para não fingir saber tudo: se o modelo não tiver dados suficientes, ele responderá “não sei”, ao contrário de muitos sistemas genéricos.

  • Com aporte de US$ 10,3 milhões liderado por fundos como Mayfield Ventures e Boldstart Ventures, a empresa está pronta para escalar.

Por que isso pode gerar uma virada no uso da IA

Autonomia de dados

Em vez de usar grandes modelos genéricos treinados em dados de milhões de pessoas, essa abordagem devolve o controle ao indivíduo — a IA passa a refletir você e não o “usuário médio”.

Personalização radical

A ferramenta permite que criadores de conteúdo, profissionais liberais e qualquer pessoa transformem seu conhecimento, voz e estilo em uma IA própria, escalando seu impacto digital.

Nova economia da IA

Em um cenário dominado por poucos grandes modelos de IA, surge a alternativa de “modelo pessoal”. A escalabilidade muda: menos foco em alcance massivo, mais foco em relevo individual.

Os desafios que exigem atenção

  • Privacidade e segurança: modelos pessoais exigem coleta profunda de dados — memórias, voz, estilo — exigindo proteção rigorosa.

  • Qualidade e viés: se os dados usados forem muito limitados ou enviesados, o modelo poderá refletir ou amplificar características indesejadas.

  • Sustentabilidade do modelo: como entregar uma IA personalizada para milhões de indivíduos sem perda de eficiência, custo ou impacto social negativo?

  • Regulação: quem responde se a IA “agir como você” e cometer erro ou for usada indevidamente? A governança desse novo tipo de IA será crítica.

    Fonte de pesquisa: Exame

Foto: Reprodução própria

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