A IA conquistou 1,2 bilhão de pessoas em menos de 3 anos — e o que isso significa para o Brasil
Segundo relatório da Microsoft, a inteligência artificial tornou-se “a tecnologia de adoção mais rápida da história”: em menos de 36 meses, mais de 1,2 bilhão de pessoas receberam acesso aos seus efeitos. Veja o impacto, as desigualdades e o que isso abre de possibilidades para o Brasil.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL


A velocidade da IA: por que batemos recordes
O relatório “AI Diffusion Report” da Microsoft indica que a IA atingiu mais de 1,2 bilhão de usuários globais em menos de três anos — superando taxas históricas alcançadas por tecnologias como o computador pessoal, o rádio ou a internet.
A adoção mais rápida acontece por várias razões: smartphones amplamente distribuídos, apps de IA acessíveis, investimento em infraestrutura e grande apetite por automação. Mas velocidade não significa uniformidade — metade da população mundial ainda não tem acesso.
O panorama global: acesso desigual e impacto diferenciado
Aponte-se para os líderes
Em países como Emirados Árabes Unidos (59,4 %), Singapura (58,6 %) ou Noruega (45 %+), a adoção de IA já é elevada, apoiada por forte infraestrutura digital, eletricidade estável e população conectada.
No Brasil e em outros países em desenvolvimento
Apesar da adoção global acelerada, o Brasil e muitos países da América Latina, Ásia e África ainda enfrentam barreiras estruturais — internet instável, alcance menor de dispositivos de ponta, alfabetização digital limitada. Isso afeta como e quanto a população de cada país pode se beneficiar da IA.
Por que isso importa para o Brasil
A rapidez de adoção indica que o ambiente está pronto para IA — aplicativos, plataformas, dispositivos existem; a questão é como as pessoas e empresas estão usando.
Para o Brasil, isso significa oportunidade grande: empresas que não aproveitarem podem ficar para trás, enquanto aquelas que souberem aplicar IA têm vantagem competitiva.
Porém, é preciso atenção: como metade da população ainda não está coberta, existe o risco de desigualdade tecnológica intensificar-se — os que têm acesso evoluem, os que não têm ficam mais rígidos em relação à disrupção.
Por fim, políticas públicas, educação digital e infraestrutura importam muito mais que o hype: o relatório aponta que afinco em energia elétrica, conectividade, dados e habilidades digitais são o “motor invisível” da adoção.
Os principais desafios à frente
Garantir inclusão digital: sem dispositivos, sem conexão, sem habilidade, a IA não chega.
Evitar que IA se torne apenas “tecnologia de elite” ou concentrada em grandes empresas — o objetivo deve ser distribuição de benefícios.
Lidar com ética, privacidade e regulação: com rapidez vem risco. Se milhões passam a usar IA, mas sem segurança ou entendimento, surgem abusos.
Adaptar o mercado de trabalho e a educação: com IA amplamente disponível, profissões, habilidades e modelos de negócio mudam rápido.
Fonte de pesquisa:Microsoft Business Insider
Foto: Reprodução própria
